O: Percebeu o enredo, a sensação desmonta.
F: Percebeu a sensação, é porque
o enredo está rolando, criando identificação com a história.
O: Mesmo você percebendo, tanto a
sensação como a história, ela tenta se instalar mais fortemente, mas o centramento
da observação impede que isso ocorra. Veja, a sensação parece ter um certo
tempo para ser dissolvida
F: Exato! Não para!
O: Sim, não para de imediato só
pelo fato de ter sido constatada. Não entendo muito da química orgânica, mas me
parece que o sangue precisa filtrar essa carga somática. Mas, pelo menos aqui,
é questão de poucos minutos após o centramento da observação.
F: Para mim, também é uma questão química.
O: Você percebe o enredo e sua
posterior carga somática. O fato de não se envolver com o enredo, detém a produção
natural que dele decorre, por isso, sempre se dá um ranço de sensação.
F: Antes levava muito tempo.
O: Sim, porque nos
identificávamos e, enquanto identificados, ficávamos alimentando a sensação.
F: A identificação com o enredo é
a causa primária que alimenta o looping de sensação. A identificação com o
enredo, causa também o looping dos pensamentos e um alimenta o outro.
O: Sim, há uma codependência ali.
F: Uma pura adicção.
O: O fato é que, percebido de
imediato o enredo, não há cristalização da somatização. Não há como contestar isso. A
identificação é que nos envolve em inquietas sensações.
F: Sim, percebido de imediato,
não há espaço para a identificação com sensação. Mas é preciso ficar claro que sempre passa algo
ali, pois a observação ainda não pega tudo.
O: Penso que, enquanto houver o
fluxo, algo sempre passará, sempre haverá um ranço de inquietação.
F: Pode ser que sim. No fundo no
fundo, isso nos revela cada vez mais, que tudo não passa de uma história, um
sonho.
O: Eu vejo aqui, mais e mais:
percebeu o enredo, de imediato, a sensação não nos envolve. É o envolvimento que nos
descontrola. Porque envolve a mente e não vemos mais nada!
F: Sim, é o envolvimento. Mas
sempre ocorre um ranço de sensação.
O: Um ranço... migalhas de sensação.
F: Isso, mas há.
O: Por isso afirmo que,
enquanto o mecanismo funcionar de modo mecânico e não solicitado, sempre haverá
a possibilidade de identificação, de somatização, de reação e de permanência no
looping.
F: O que não deixa de ser uma
ideia sobre um fato.
O: Não se trata de uma ideia
sobre um fato, pois isso tem sido um fato até aqui.
F: Penso ser uma ideia, visto que
não sabemos se o fluxo realmente para.
O: Você já teve duas amostras de
um estado de ser em que não havia movimento do fluxo. Não há como descrever
isso.
F: Não notei mesmo que havia fluxo.
O: Não há, porque ali não há
tempo. Trata-se de um estado atemporal e, pensamento, é tempo.
F: Trata-se de um outro estado de
ser, não tem nada a ver com isto que vivemos.
O: O pensamento requer tempo e se
baseia no que foi colhido no tempo. Você nem ao menos tem como pensar naquilo
que você viveu de modo breve. Só pode pensar no que o pensamento colheu do
ranço daquilo, mas não daquilo em si; só pode pensar sobre as migalhas.
F: Incompreensível para o
pensamento.
O: Mas ali, não havia o fluxo,
apenas um silêncio insondável. O fluxo é uma forma de barulho.
F: Sim, o fluxo entrou depois.
O: Sim, tentando compreender
aquilo ou tentando capturar aquilo novamente.
F: Havia uma atenção diferente
das pessoas ao meu redor, do corpo dirigindo por si, de que aquilo que eu sou,
não está limitado ao corpo. Ali não há nenhuma forma de grude, nem
pensamentos, nem sensações, do tipo dessa base de inquietude que vivemos.
O: Sim, não há nada além de uma
incausada "leveza", tendo que a palavra leveza, de modo algum alcança
aquilo. Enfim! Falar sobre isso, é entrar em outro looping. O que há agora, é a base de
inquietude, a qual é barulho observado e sentido.
F: Nem quero falar.
O: O que temos é esse desmontar
de histórias de momento em momento. O resto, é mais e mais histórias criadas
por uma mente confusa, querendo obter segurança na defesa de certezas incertas.
F: Vejo que a observação fez muito
mais do que isso, pois ela pegou o pensamento em seu todo, não importando mais
nem qual trailer esteja sendo lançado por ele. Cara, estamos longe, véio! A observação aprofundou muito, pegando tudo.
O: Sim, ela vê a história
chegando, vê que é história, e já desmonta a possibilidade de identificação, de
envolvimento. Então, segue outro enredo, ou por vezes, o mesmo enredo, só que contado de modo
diferente.
F: A observação pegou o contador
de história, pegou o processo formador de imagem, o projetor das imagens, pegou
o irreal que era tido por real, laçou tudo; aquilo que sentíamos era falso,
juntamente com as histórias... Os
sistemas, as programações com suas necessidades de inventário e reparações,
tudo isso foi pro saco... a minha tal grande culpa, a minha tal linda
experiência de vida... Tudo isso agora é visto, desmoronando como nas cenas
finais do filme “Origem”. Muito bizarro, véio! Enquanto identificado com isso,
é só isso: um sonho, dentro de um sonho, dentro de um sonho dentro... É o pensamento
que cria a sensação de que ele é real, mas na real, não é. Cômico tudo isso!
O: E não temos mais certeza de
nada.
F: Exato! Não abrigamos mais certeza
de nada. Exato, isso é lindo! Qual certeza que vou manter hoje? Tudo não passou
de pose, como disse a Deca.
O: Fica uma sensação muito
estranha quando se percebe isso, estando rodeado de adictos de certezas
emprestadas.
F: Exato! Todos defendendo
verdades que nem ao menos foram questionadas; e não temos nada a dizer.
O: Outra coisa interessante é que
você vai vendo cair todos os condicionamentos que você abraçou, esses
condicionamentos que você colheu da literatura das escolas místicas,
esotéricas, espiritualistas, que você foi abraçando quando em momento de
desespero, onde você precisa se agarrar em alguma coisa, pra ver se fazia algum
sentido ou lhe desse alguma resposta. Por exemplo: a numerologia... Lembro-me
do quanto fiquei aí, acreditando na aparição dos números, como o 11:11 ou o
44... Como se a Vida criasse um criptograma, não é mesmo? Para que você se
esforçasse para decifrá-lo a fim de poder compreender a Vontade Dela em relação a você. Quer
dizer, a Vida não poderia ter uma inteligência tão grande para lhe dizer diretamente
o que Ela espera de você? Não, a Vida é tão limitada que precisa se sustentar
num conjunto de números, para você buscar por algo ou alguém que lhe ensine a
numerologia, para que você possa entender a Vida de modo assertivo. Cara,
quanto imaturidade de minha parte! Tudo isso caiu por terra, se fez motivo de
riso!
F: Sim, todas as crenças vão
caindo por terra, todas as práticas...
O: Sim, tudo isso é visto como
invencionices de mentes igualmente confusas, que só podem ser aceitas quando a
mente se encontra em semelhante estado de confusão.
F: Cai tudo! A única coisa que
fica, por exemplo, é que tudo que vamos vendo de fato hoje, quer queira ou não,
bate com toda a percepção do Krishnamurti. Não estou enaltecendo-o, nem nada,
apenas constatando. Veja, no meu caso, sempre foi a crença nos signos, nos
sinais, nas coincidências que eu chamava de sincronicidade... Tudo isso também
caiu por terra. Aqui era só crença, misticismo, signos, números...
O: Trata-se de uma influência
cultural que sempre toca os que estão buscando.
F: Sim, aqui sempre foi isso; era
a sensação resultante das projeções do pensamento.
O: Sempre o próprio pensamento se
apropriando das crenças criadas por outras mentes adictas do pensamento, e
sendo o próprio pensamento justificando a crença e a prática de tais crenças.
Ver tudo isso já arranca um enorme fardo de ilusão.
F: Sempre isso! Se fundamentando
nisso!
O: Sempre criações para que você
cristalizasse cada vez mais a crença no pensamento condicionado.
F: Sempre outra velha opinião
sobre outra, defendendo bandeiras. Aí a frase clássica então: “As raposas têm
suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde
repousar a cabeça”... Pode ser isso mesmo.
O: Desde que você tenha o
significado da expressão “Filho do Homem”, como o estado que nasce da
observação passiva não reativa.
F: Mas... Foda-se essa frase
também... As frases, por mais belas que sejam, de nada mais servem. Tudo se mostra sem sentido...
O: Sim, visto que não cumpriram o papel de nos libertar, apenas, sustentaram nossos condicionamentos, ou serviram para acrescentar mais deles. Outro condicionamento que não faz mais sentido, e que já tive muito medo de afirmá-lo para mim mesmo, como sendo apenas um condicionamento... Esse é poderoso: a crença num Deus e que Ele tem um propósito, um destino já estabelecido para mim, o qual preciso descobrir... Essa ideia de me preparar e me esforçar para manter um contato consciente com um Deus concebido por minha mente limitada e confusa, com o fim de saber qual é a Sua vontade em minha relação e ainda rogar por forças para fazer a Sua vontade, isso se mostra hoje sem sentido algum. Que Deus é esse que espera que eu chegue num ponto de desespero tão grande, que espere a minha ação de rogar, para me dar o conhecimento de algo que não tenho a menor vontade de fazer, apenas para agradá-Lo? Assumir isso e jogar isso por terra, foi muito difícil, uma vez que isso é um condicionamento transcultural e multigeracional, sem falar nos anos que o mesmo foi se cristalizando na mente, por influência dos grupos de anônimos. Veja que estamos indo na contramão de tudo que a maioria que nos cerca acredita, alimenta e transfere para seus filhos, parentes e amigos, como sendo a verdade. Já participamos disso, também já fomos propagadores dessas crenças.
F: Foi tudo produções do
imaginal.
O: É um alívio estar livre disso.
Não foi difícil abrir mão disse, depois de ver que isso foi escrito pelo fundador do A.A., sem
que ele, na verdade, tivesse vivido isso que colocou numa programação de
passos. Morreu com depressão fazendo uso de LSD, e em seus delírios finais,
pedindo por álcool; nunca conseguiu se ver livre da depressão, nunca se viu
livre da mente. Portanto, fica fácil descartar a cultura, tendo em vista que
ela não criou uma sociedade lúcida, amorosa e livre de sectarismo.
F: Porque é o pensamento em si
que cria essas irrealidades, essa superficialidade. Os relacionamentos são todos
superficiais, porque permanecem sempre no nível mental; as relações profissionais,
então, a observação escancara a forçosa relação e os sorrisos falsos.
O: Rela, aciona a mente...
F: Exato! Escancarou. O outro,
sempre funcionando no nível mental, acredita que tira proveito da situação,
enquanto apenas observamos a compartilhada encenação. A percepção arrombou a
vitrine; caímos na total impotência da inquietude e num grande paradoxo. O que
se apresenta não convence e, perceber que algo tem que ocorrer, nos joga ainda
mais na inquietude. Xeque-mate extremo... Isso que sentimos é naturalmente rejeitado
por nós mesmos. Paradoxal. Só que ficamos com isso.
O: Não há o que fazer. Há uma
ansiedade extrema pela descoberta de um estado incondicionado de ser, porque o
estado em que nos encontramos, já não faz o menor sentido de ser; mas aqui não
significa nada visto de modo depressivo ou com os antigos impulsos suicidas.
Nada disso! Simplesmente uma constatação bem centrada.
F: Ansiedade imensurável. Todo
dia de encontro é desencontro.
O: Temos que aguardar, pois algo
deve acontecer, visto que não faz sentido caminhar até aqui, e ficarmos
empacados neste nível de percepção. Até então, paciência, muita paciência.
F: Sinto o mesmo.
O: É interessante notar esse
nosso impulso de ter que achar algo para ser feito para que possamos acabar de
vez com essa base de inquietude. Esse impulso é uma forma de condicionamento
que colhemos ao longo de décadas, visto que sempre fomos condicionados pelo
meio, de que você tem que fazer algo, que você não pode ficar parado, que você
não pode ficar esperando as coisas caírem do céu. Então, fomos condicionados ao
longo de todos estes anos, em todas as áreas, todos os nossos sentidos naturais
não estão em sua naturalidade, eles estão embotados por ação dos
condicionamentos adquiridos. Então, a estrutura mental e emocional pela qual
percebemos, recebemos e interagimos com o que acreditamos ser a realidade que
nos cerca, ela é completamente condicionada. Dias atrás, falamos a respeito do
condicionamento "Deus", que a meu ver, trata-se de "sublime
condicionamento", condicionamento esse do qual alimentamos a crença de que
o mesmo poderia nos "devolver a sanidade", em outras palavras, nos
descondicionar. Então, para mim fica muito claro o seguinte: essa observação
vai nos dando condições de percebermos, de momento a momento, mais e mais
facetas dos nossos condicionamentos, bem como o modo que esses condicionamentos
criaram as suas respectivas dependências. Então, não adianta querermos
condicionar uma possível saída do nosso atual estado condicionado de ser. Como
você pode sair do atual estado condicionado, se condicionando a sair do
condicionado? Trata-se de um paradoxo. Então, vejo que precisa ocorrer o
incausado despertar do estado incondicionado de ser, o qual você não pode
condicioná-lo. Então, se não ocorrer o despertar do estado incondicionado de
ser — do qual já tivemos breves experiências de sua realidade —, o que fica é
só a percepção desses condicionamentos. No entanto, o que se mostra
interessante é que está sendo quebrado o condicionamento de reagir a esses
condicionamentos e suas respectivas dependências. Tipo aquele imaturo impulso,
qualifico até mesmo de neurótico, de querer sair correndo para tentar alguma coisa...
Não há o que ser feito, porque o fazer, seria outra forma de condicionamento.
Então, é aguardar a possibilidade da vinda de um estado de ser incondicionado,
um estado de espírito saneado. Nada mais pode ser feito.
F: A estrutura é inteiramente
condicionada. Esse é o ponto que me fez escrever hoje cedo que, naturalmente,
do mesmo modo que a estrutura não tem controle algum sobre os pensamentos, também
não tem sobre as sensações. Então, nosso corpo, não sei dizer o porque, já
acorda com uma incrível inquietude, uma inexplicável sensação de mal-estar.
Nossa tendência é de atropelar tudo, sempre foi isso. Tentar levar no peito,
superar isso; sempre pelo tentativa de encontrar oposto. Até os grupos anônimos condicionam
dessa forma. Só que tudo isso é inútil quando percebido a totalidade do
mecanismo; trata-se de mais e mais energia jogada fora. Na verdade, o oposto é
parte da mesma estrutura. Então, quando percebemos essa jogada de querer reagir,
de querer buscar pelo contrário, que sempre foi nosso modo de reação, quando percebe que não pode fazer nada contra essa base de mal-estar, porque a grosso modo,
isso é você mesmo, é a mente e o corpo, é a estrutura em si... então, quando
você se percebe disso, pelo próprio processo de observação, você vê que nada
pode ser feito para aplacar o mal-estar. Nada!
O: Todos os nossos sentidos estão
condicionados. Eles foram condicionados ao longo do tempo pela cultura, pelas
experiências que tivemos. Então, se não ocorrer algo que depure os nossos
instintos naturais, eles não terão como funcionar de modo integral, de modo
correto. E, uma vez que esses instintos se mantenham condicionados, ou seja,
funcionando de modo fragmentado, é óbvio que não temos uma percepção integral,
real, holística, da realidade que nos cerca e da qual somos parte integrante.
Então, para termos essa percepção, penso eu, nossos instintos teriam que ser
depurados de todo condicionamento, no entanto, não há como condicionar essa
depuração, esse descondicionamento.
F: Por isso que afirmo que caímos
na total impotência diante da inquietude, assim como num enorme paradoxo.
Porque, o que se apresenta não convence mais, não nos toca, notamos isso e o sentimos na
pele, e qualquer coisa que tentamos fazer para solucionar essa mesma
inquietude, ela nos joga num nível maior de inquietude, portanto, qualquer
ideia não resolve, porque ela joga mais e mais inquietude, cristaliza ainda
mais a inquietude. No fundo, é uma ansiedade que faz você sentir o corpo
queimando, por meio de sensações atrás de sensações; e todos nós fomos
condicionados a pensar em como resolver o problema da inquietude. Mas, no que
diz respeito a base de inquietude, pela via comum do uso do pensar, você não
chega numa finalização, não alcança uma solução. Sempre tentamos isso, e nunca
conseguimos. Pelo pensar, você nunca se livra da inquietude proveniente da compulsividade do pensar.
O: Então, sem o despertar de um
estado incondicionado de ser, permanecemos entravados nesse momento, em que a
observação amadureceu a tal ponto que ela consegue perceber todas as manias,
tendências, vícios, padrões de comportamento obsessivo compulsivo, toda reação
imatura, todos os traumas e limitações, toda ausência de genuína criatividade,
inseguranças, o como nossas relações permanecem somente no nível do mental, das imagens
e dos conceitos de certo e errado, toda dependência, todo impulso emotivo reativo
que fica fluindo, pulando, pedindo para que ocorra uma identificação... Você
fica vendo tudo isso, ao mesmo tempo em que percebe a total carência de sentido
num estado de ser com essa base de inquietude, percebe também que não faz
nenhum sentido se entregar ao que está sistemicamente estabelecido e... Não
tem o que ser feito, a não ser observar, sentir e não reagir! É o que tem pra
hoje. Vamos percebendo que, a cada momento, vai ficando muito mais fácil de não
mais reagir a nada disso, de se manter num estado de não busca, ou seja, de não
dar indevida importância, como sempre o fizemos no decorrer de uma vida de
inconsciência.
F: A impressão que chega é a de que
olhamos tudo pela forma contrária, ao avesso. A nossa lógica, por estar
condicionada, se mostra incapaz de compreender. Parece-me que não é só uma
questão de que falta uma capacidade maior de percepção. A impressão que tenho, é
a de que a nossa estrutura psicológica não consegue alcançar a compreensão de
sua base de inquietude, porque ela quer entender com seu limitado arquivo de
informação adquirida, o que tem se mostrado impossível. Veja que demorou muito
para entendermos que a base, o fundo, é inquieto, é crônico mal-estar. A
estrutura psicológica praticamente não aceita esse fato, então, é como se a
estrutura fosse o leitor errado da coisa... porque ela não tem como ver como sair dela, por
meio dela. No entanto, ela não consegue perceber que ela mesma é o próprio
viés; a percepção dela nunca é o que é. Ela sempre verá dessa forma, porque ela
é o viés; ela busca a ideia de perfeição e de bem-estar sobre o fato já
instalado. Sempre foi esse o mecanismo, só que não havia como ser visto: uma
cultura social que vive de pose, da sustentação de imagens de bem-estar, de
sucesso, de criatividade, etc., etc., etc., inclusive, no chamado mundo espiritual.
Mas, o que de fato encontramos e vivenciamos é sempre o oposto.
O: Mundo espiritual é só outra
forma de condicionamento mais requintado.
F: A estrutura psicológica não é
capaz de aceitar isso. A própria aceitação já implica um esforço da estrutura
psicológica, pode ver.
O: Sim, outra forma de condicionamento.
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