Chute Psíquico


Caro confrade, antes de mais nada, tenha bem claro em sua mente e coração: aqui nada vendemos e nada pedimos. Não somos uma religião, seita, grupo, família ou qualquer forma de segregação. Aos que buscam alguma liderança, disputas de conhecimento, reafirmação de suas crenças emprestadas, este não é o espaço. Aqui sugerimos que cada um, através de sua própria observação atenta — tanto do observador como daquilo que aqui observa —, faça bom uso ou não do que, agora, compartilhamos. Não conduzimos, não ensinamos, não damos respostas, não acomodamos, não combatemos e não funcionamos no modus operandi da normose coletiva. O material publicado é aberto a todos sem qualquer condição, cabe a cada um ter o comando da sua vida e seus atos. Pelo silêncio mental lhe é permitido a escuta atenta de todas as suas respostas.

O Chute psíquico é necessário para o início da consciência da importância do exercício de uma escuta atenta, sem a qual, torna-se impossível a abertura da mente para um novo paradigma... O chute psíquico deixa claro a importância de se retirar a "roupagem de conhecimento" e, em seguida, de mente aberta, ouvir holísticamente... Em nossos encontros, não temos tempo para responder questionários. Nossa mensagem não é democrática: aqui, funciona do nosso jeito; não há espaço para negociações; se preferir seguir à sua maneira, basta seguir viagem... Só pedimos que confie em nós! Procure relaxar! Permita-se perceber que o processo de condicionamento é real!

Nossa experiência tem demonstrado que, todo aquele que se encontra impulsionado pelo processo divisor da rede do pensamento condicionado, inconscientemente não percebe o quanto está identificado com um processo de formação de imagens, tanto de si, como de um Deus de sua condicionada concepção, do mundo que pensa lhe cercar, da alegria, do amor, da felicidade, do prazer e do sucesso. Com base nesta percepção, temos por fato que, todo principiante que se depara com este processo de observação sem escolhas, certamente não precisa de incentivo no que diz respeito a continuidade de seu imitativo discurso, do seu bem decorado modo "programado" de estar na vida de relação, o qual na maioria das vezes se mostra baseado em conceitos, crenças, achismos e imagens, todos extraídos do conhecimento livresco, institucional ou acadêmico.

Nossa experiência têm demonstrado que, apesar de inicialmente soar como algo profundamente autoritário, arrogante e prepotente, a melhor maneira de impulsioná-lo é por meio daquilo que amorosamente convencionamos chamar de "chute psíquico"; uma intervenção orientada, capaz de causar um colapsar no inconsciente orgulho espiritualizado e na vaidade de oratória, tendo por resultado, uma trinca no poderoso sistema de defesa de seu polido "ego", abrindo assim o terreno fértil, capaz de possibilitar o despertar do sonho de controle em que vive, como é muito bem representado metafóricamente no filme "A Origem", escrito, dirigido e produzido pelo britânico Christopher Nolan, e protagonizado pelo ator Leonardo DiCaprio.


Foi através desse "chute psíquico" que nossos primeiros membros tiveram a possibilidade da ocorrência do despertamento de sua natural inteligência intuitiva, que causa um aguçamento amoroso na luz da lógica, da razão e do bom senso, através da qual, o discernimento entre o falso e o verdadeiro se apresenta. Só então, a manifestação da realidade que somos pode se fazer consciente. Confira nos vídeos abaixo, a expressão da necessidade do chute psíquico, apresentado na arte cinematográfica:





Tanto a nossa experiência como as cenas iniciais do filme "O Último Samurai", nos mostram que, para que possa ocorrer um estado de total abertura de mente e coração, para que o confrade despertante possa receber este novo paradigma apresentado pelos membros de pensadores compulsivos, se faz necessário, ao aqui chegar, estar-se vivendo um estado de total rendição, de total prostração diante de um modo de vida alicerçado na vontade próprio, no desejo, na busca de segurança psicológica e num modo reativo orientado pelo governo da mente. 

Em "O último Samurai", temos mais que uma cena nos apresentando a importância de uma "intervenção orientada", da aplicação de vários "chutes psíquicos" para que ocorra a manifestação do tão necessário estado de prontificação para o recebimento de uma nova mensagem, de uma nova educação psíquica, de uma nova maneira de estar na vida de relação, a qual só pode ocorrer quando do exercício da capacidade de uma escuta holística, tanto da mente, como do coração.

O chute psíquico é uma ferramenta para tirar o confrade despertante do estado de sonambulismo causado pela identificação mental com a rede do pensamento psicológico condicionado.